Pequenos Grandes Traumas é uma instalação participativa que concebe a paisagem como campo relacional onde memória, corpo e linguagem se cruzam. A paisagem não é tratada como representação ou cenário, mas como estrutura ativa capaz de reter, transformar e deslocar a experiência.

A obra é composta por três módulos verticais. Um permite o atravessamento do corpo. Outro é atravessado por uma cortina de tiras plásticas coloridas, funcionando como limiar perceptivo. O terceiro apresenta tela canvas branca em ambos os lados, ativada pela intervenção do público.

Os participantes realizam um ato de rememoração no qual uma imagem interna — compreendida como paisagem da memória — é progressivamente reduzida, dessaturada e deslocada até se dissolver. Esse processo é registrado por meio de inscrição gráfica sobre a tela, produzindo um campo acumulativo de marcas.

A obra articula a memória como território compartilhado e instável, formado pela presença corporal, pelas estruturas materiais e pela inscrição coletiva.

  • Pequenos Grandes Traumas
    Pequenos Grandes Traumas, 2025
    Instalação participativa composta por três chassis de madeira com tela canvas, cortina de tiras plásticas coloridas e tela canvas branca em ambos os lados para intervenção do público
    3 módulos, cada um medindo 180 × 60 cm.